Recordação

"O Espelho da Inspiração" - Pereira Costa
A última recordação deixada por  Pereira Costa é um livro escrito à mão pelo próprio artista. A obra possui um enorme valor, pois nela encontram-se inúmeras composições do artista ainda não divulgadas. O livro não foi comercializado, justamente porque as obras contidas no mesmo não possuem direitos autorais registrados. A família guarda o livro "O Espelho da Inspiração" com muito carinho, e lembra saudosamente do homem humilde, porém brilhante que foi Ruy Pereira da Costa. 

"Com muito sacrifício, principalmente força de vontade, e também a cooperação de amigos que não mediram esforços em ajudar-me na organização deste livro. Graças a Deus! Vejo com isto, satisfeita uma das minhas grandes aspirações, que era a encardenação das minhas estrofes." (Pereira Costa)

Declaração Duvidosa



A família não reconhece a caligrafia ou assinatura da declaração atribuída ao autor.
De acordo com a declaração, o compositor abriria mão de direitos autorais sobre a execução da música Brasileirinho. Isso impediria que Pereira Costa fizesse shows ou gravasse a música cuja letra é de sua própria autoria. A família afirma que Pereira Costa jamais assinou tal documento, e nem tinha conhecimento do mesmo. A declaração chegou às mãos de sua esposa (Yolanda Marques da Costa) anos após sua morte. Yolanda lutou para reaver os direitos e o reconhecimento de seu marido.

Ademilde Fonseca e Waldir Azevedo no Sambão

História de família



Pereira Costa (fumando) com a mulher, seus amigos e filhos (crianças)
Como sabemos, a história de Pereira Costa começou em Pernambuco, onde vivia com sua grande família. Antes do caçula Ruy chegar ao Rio de Janeiro com seus irmãos, seu pai veio para cá para em busca de melhores condições de vida para sua família.
O que poucos sabem, é que Octaviano veio para cá de forma clandestina e quase foi expulso do navio em que viajava.
Ele entrou clandestinamente em um navio da marinha brasileira e foi descoberto pelo comandante, cuja primeira reação foi mandar prendê-lo. Octaviano, como bom brasileiro que era, deu seu "jeitinho". Disse ao comandante que havia entrado naquela embarcação porque sonhava em ser fuzileiro naval. A conversa foi tão convincente, que Octaviano não apenas permaneceu livre e continuou a viagem no navio, como ganhou a oportunidade de se tornar efetivamente integrante da marinha! Ele então fez um curso, passou e foi transferido para o Rio de Janeiro para fazer parte da equipe de fuzileiros navais.

Ademilde Fonseca canta Brasileirinho - I Prêmio Divas da Música Brasileira